Opinião Política – Alexandre Nascimento (Partido Aliança)
Estamos, hoje, em pleno crescimento de uma nova e preocupante vaga da pandemia de Covid!
Mas a verdade é que, se a vida não pode parar… a Política e, sobretudo, o normal funcionamento das instituições do Estado também não podem.
Estão quase aí as Eleições Presidenciais! Faltam cerca de 3 meses.
E agora?! O que fazemos?
Cancelar o Ato e adiar a Democracia não me parece ser solução.
E então?!
Vamos permitir que as pessoas se amontoem em filas, maiores ou menores, consoante os casos, à espera da sua vez?
Será viável organizar Mesas de Voto com elementos sentados com o necessário distanciamento que, ainda assim, permita que o processo se desenrole com a eficácia e celeridade habituais?
Mais complicado ainda…
Sendo certo que é a população mais velha aquela que, normalmente, mais vota, podemos dar-nos à irresponsabilidade de permitir que os nossos milhares e milhares de idosos que, habitualmente, votam por esse País fora circulem para trás e para a frente e se cruzem com inúmeras outras pessoas num curto espaço de 10 horas de um mesmo dia?
O País está preparado para o “dia seguinte” e para as eventuais causas de tal irresponsabilidade?
Não vi ou ouvi, até à data, qualquer protagonista político abordar este tema. Nem Governo, nem partidos políticos… nem sequer o Sr. Presidente da República.
Estranho!
Mas uma coisa sei. Tenho a certeza!
Não é à boa portuguesa… à última da hora, que este tema tem que ser discutido e ponderado. É agora! É a esta distância temporal que os decisores políticos que querem ser vistos como responsáveis e ponderados têm que atuar.
Nós, cá por casa… já fizemos o nosso trabalho.
Depois da necessária reflexão interna, o Partido ALIANÇA tomará, nos próximos dias, uma posição muito concreta sobre esta matéria, apontando alternativas concretas e absolutamente viáveis e cumprindo o seu dever de contribuir para esta questão de uma forma empenhada e responsável.
Ver-se-á, depois, qual o posicionamento de um Executivo que tanto tem pugnado por implementar medidas atrás de medidas, sempre em prol, dizem, da saúde dos cidadãos e da proteção da comunidade.
Vai o governo privilegiar a segurança dos eleitores, ainda que prejudicando a afluência às urnas?
Vai o Governo apelar à participação cívica com eventual prejuízo da saúde pública?
Ou, por outro lado, vai optar por uma solução sensata e equilibrada que permite que o eleitor, de forma absolutamente segura e controlada, não deixe de cumprir o seu direito de votar?
Vamos aguardar para ver!
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